domingo, 30 de novembro de 2008

Agir Propositivamente para Cantar as Diferenças


Segundo a filosofia do Ipesa, Cantar as Diferenças significa acrescentar elementos diferentes daqueles aceitos e, de certa forma padronizados socialmente. A inserção de Mãe Carmen de Oxalá como trabalhadora da Universidade Luterana é de fato concretizar os paradigmas do Programa Cantando as Diferenças e, neste espaço, a religiosa cede espaço para a acadêmica de Psicologia Carmen Lúcia, mãe de Greice Ellen. Ainda assim a cosmovisão africana atravessa o olhar feminino e afrodescendente e vai repousar nas ações e no dinamismo de suas propostas junto ao IPESA

segunda-feira, 31 de março de 2008

Manifestação de Mãe Carmen de Oxalá na Recepção do Senhor Ministro Edson Santos

fotos 10 080Em primeiro lugar reverencio os Orixás, ” KI ALAAFIAA ORISANLÁ NI LAI LAI LAARIM WA” Que a paz de oxalá esteja sempre entre nós.

Vou furar o protocolo , vou pedir ago a todos os religiosos aqui presentes , agora sim, Saudo a Mesa

1-Ministro Edson Santos

2- Professora Vera Triunfo

3- Yalorixá Vera Soares

4- Baba Dyba

Essa cerimônia acontece com o caráter de demonstrar ao Excelentíssimo Ministro Edson Santos, o esforço da comunidade de terreiro para desenvolvermos um modelo de “União da Religiosidade do Estado do Rio grande do Sul “.

“ OBA NI XÉ KÁWÓÓ KABIYÉSI”, O Rei Chegou , Salve o Rei assim Xangô foi saldado quando os orixá masculinos se reuniram secretamente para discutir o nível de organização dos orixás femininos falar das organizações, trago esse trecho de uma Lenda por dois motivos:

Primeiro Xangô é o orixá Regente do ano, embora de uma forma muito conturbada , presenteou a Comunidade Negra com Ministério de Promoção de Igualdade Racial, embora tenho o entendimento que o Ministério atende as comunidades Judeus, Palestinos, Ciganos , indígena e a Comunidade Negra, essa ninguém pode negar, que foi a que através de muita luta conseguiram avançar nas políticas publica da criação da Seppir e com isso beneficiando não só a ela , mas sim as demais etnias.

Em segundo gostaria de chamar a atenção de todos os presentes , para que observassem a composição da mesa, e dizer ao Senhor Ministro as Mulheres Gaúchas, está num continuo desenvolvimento em todos os aspectos da Sociedade a mulher esta despontando. No que se refere as Mulheres Negra surgem algumas com o compromisso de celebrar o fortalecimento do Tradição Afro- Gaúcha cada uma delas esta em seu tempo e espaço, demarcando o significado histórico de luta pela religiosidade no sentido de sua participação na sociedade oficial brasileira em especial a liderança de Mãe Vera de Oiá , que nos representa na Sepir como conselheira desse Órgão e Eu como cidadã brasileira, Yalorixá herdeira do Axé da Casa que era dirigida por minha Mãe Quina de Yemanjá, Coordenadora da Comissão de Religiosidade do CODENE- Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul, e ainda contrariando todas as estáticas realizadas no País, que dizem que as mulheres negras estão sim, na vulnerabilidade social, com baixa escolaridade, contradizendo a isso O Pai Oxalá ordenou que no ano de Xangô Cao Cabiesile, Xangô ajudasse com seu axé a me forma em Psicologia.

Com essas poucas palavras evoco a todos os orixás dos babalorixás e ialorixás presentes nesse espaço para que distribuam muito Axé para que juntos cada vez mais, possamos construir um mundo Africano Religioso Gaúcho, com respeito mutuo e fraterno afinal somos todos Omo- Orisá.

Trago Um Trecho do Intelectual Francês Vicente Mulago ( 1972, P.151) que diz que:

“ A religião impregna toda a vida do africano sua vida individual, familiar, sócio- política. Ela tem uma função psicológica e social de integração e de equilíbrio; ela permite compreender, valorizar, integrar, suportar sua condição existencial, submeter sua angústia. È graças à religião que se opera abolição de dualidade entre o mundo visível e invisível para tender a unificação”.

Espero que o senhor Ministro possa fazer uma leitura, positiva da religiosidade Afro-Gaúcha ao ponto de continuarmos tendo a Seppir uma aliada diante das necessidades da comunidade Tradicional de Axé. Agradeço a atenção de todos, “Adúpe, Adupe, Adupe” obrigado, obrigado obrigado a todos os orixás , Obrigado a todos os presentes..

domingo, 20 de janeiro de 2008

Representando o Programa Nacional Cantando as Diferenças em Canoas

Carmen lucia Silva de Oliveira

Mãe Carmen de Oxalá

PROGRAMA NACIONAL CANTANDO AS DIFERENÇAS 100_0335

 

Ago baba mi e ago Ya mi

Ki alafiaa orisanlá ni lai lai laarim wá - "Que a Paz do Pai Oxalá esteja sempre entre nós”

Aos demais presentes um bom final de tarde. Agradeço especialmente à comissão organizadora do dia municipal da umbanda, pelo convite para para podermos celebrarmos juntos essa data, em que devo falar sobre a religião umbanda que é uma religião brasileira. Esse evento proporcionou-me a oportunidade de refletir sobre figuras que representam muito, para todos os umbandistas, não tem como deixar de mergulhar na minha história pessoal, filha de uma ialorixá que dedicou toda a sua vida na prática e defesa da religião que assim como outros lutou incansavelmente para deixar uma religião como a umbanda e o batuque gaúcho, um pouco melhor. Falar de umbanda no Rio Grande do Sul é falar da contribuição do Moab Caldas, principalmente devemos recordar a sua saudação as forças da natureza “ Salve o Sol e Salve a Lua."

Talvez seja oportuno dizer, de início, que a umbanda é uma religião brasileira que é composta por um diversificado conjunto de credos, caráter de religião universal, que podem ser encontrados por todo o Brasil, e até mesmo em outros países, especialmente Argentina e Uruguai. O senso demográfico apresentam dados que confirmam que apesar do pequeno número de adeptos, a umbanda têm grande visibilidade e muitos dos símbolos da identidade do Brasil. Muito embora a umbanda sendo brasileira, carrega em sua gênese influencia de várias outras religiões, como o espiritismo de Alan Kardec e cultos indígenas indígenas, mas a influencia maior descende da cultura banto. Registro em África demonstram que esses povos possuiam na raiz de sua religião o culto aos espíritos. Daí podemos refletir sobre a histórica situação de cura de um jovem, filho de família de classe média, que mesmo com o pai sendo médico, não havia encontrando cura para a paralisia do rapaz que estava sofrendo. Ouvindo um conselho de um amigo, resolveu levá-lo ao Rio de Janeiro em um Centro Espírita. Lá o mZélio, necessitava de muletas para sua locomoção , ao desenvolver os trabalhos o Caboclo Sete Encruzilhada manifestou-se, proclamando a umbanda, e disse que no outro dia ele estaria realizando a caridade, no outro dia foram em Niterói e ele estava em sua tenda realizando os trabalhos espirituais. As práticas importantes sagradas e de curas importantes, são originários dessas religiões, produzir para o Brasil bem cultural importante, como mostrou Justamente as religiões afro-brasileiras, que se deixaram misturar na cultura profana, fazendo parte hoje da alma brasileira. Pois bem, em que autores e obras nos baseávamos há três décadas e meia? O que havia sobre as religiões afro-brasileiras produzido por sociólogos e antropólogos.

Novamente sou obrigada a me reportar a minha infância onde eu de pés descalço dentro do terreiro de minha mãe na cidade de Pelotas, nas mobilizações da União de umbanda em que Moab e Mãe Quina de Yemanjá , juntamente com Dinora Feijó e Getulio Dias e tantos outros que realizavam dentro da cidade também em torno da praia do Laranjal na Gruta de Mãe Yemanjá. Me vejo aqui dentro desse parque natural nós repetindo, ou melhor realizando , dando continuidade a luta dos religiosos comprometidos com a religião e lutando por espaço. Falando em espaço esse é um espaço natural , onde todos os praticantes das religiões umbanda e matriz africana, digo somos os naturalista nato, ninguém valoriza tanto a natureza como nós os naturalista nato, então parabenizo aos organizadores desse evento pela escolha, por essa escolha estar possibilitando a todos nós estarmos falando de umbanda no dia de Oxóssi da Matas meu caboclo, assim como deve ser ele protetor de tantas autoridades religiosas que estão presente aqui no seu reino natural, devemos sim procurar o nosso semelhante e unirmos para podermos vencer com as dificuldades que estamos enfrentando, não devemos ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem devemos sim lutarmos como os nossos antepassados lutaram. Hoje pai Paulino de Odé, eu estava lendo Moab Caldas e ele usou uma frase que retrata bem o que estávamos realizando.Por isso, devemos elevarmos nossa auto estima, e mudarmos o rumo da história .Atualmente temos um acento no Codene Conselho de Participação da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul, nessa gestão O Pai Oxalá determinou que devêssemos ficar coordenando a Comissão temática de Religiosidade, e temos a missão de puxarmos a discussão dos Centenário da Umbanda e também um evento da Religiosidade de Matriz Africana, por isso contamos com todos os Senhores nessa tarefa e tantas outra as quais os Orixás nos autorizarem oportunidade semelhante

Um bom Axé a todos e muito obrigado