domingo, 20 de janeiro de 2008

Representando o Programa Nacional Cantando as Diferenças em Canoas

Carmen lucia Silva de Oliveira

Mãe Carmen de Oxalá

PROGRAMA NACIONAL CANTANDO AS DIFERENÇAS 100_0335

 

Ago baba mi e ago Ya mi

Ki alafiaa orisanlá ni lai lai laarim wá - "Que a Paz do Pai Oxalá esteja sempre entre nós”

Aos demais presentes um bom final de tarde. Agradeço especialmente à comissão organizadora do dia municipal da umbanda, pelo convite para para podermos celebrarmos juntos essa data, em que devo falar sobre a religião umbanda que é uma religião brasileira. Esse evento proporcionou-me a oportunidade de refletir sobre figuras que representam muito, para todos os umbandistas, não tem como deixar de mergulhar na minha história pessoal, filha de uma ialorixá que dedicou toda a sua vida na prática e defesa da religião que assim como outros lutou incansavelmente para deixar uma religião como a umbanda e o batuque gaúcho, um pouco melhor. Falar de umbanda no Rio Grande do Sul é falar da contribuição do Moab Caldas, principalmente devemos recordar a sua saudação as forças da natureza “ Salve o Sol e Salve a Lua."

Talvez seja oportuno dizer, de início, que a umbanda é uma religião brasileira que é composta por um diversificado conjunto de credos, caráter de religião universal, que podem ser encontrados por todo o Brasil, e até mesmo em outros países, especialmente Argentina e Uruguai. O senso demográfico apresentam dados que confirmam que apesar do pequeno número de adeptos, a umbanda têm grande visibilidade e muitos dos símbolos da identidade do Brasil. Muito embora a umbanda sendo brasileira, carrega em sua gênese influencia de várias outras religiões, como o espiritismo de Alan Kardec e cultos indígenas indígenas, mas a influencia maior descende da cultura banto. Registro em África demonstram que esses povos possuiam na raiz de sua religião o culto aos espíritos. Daí podemos refletir sobre a histórica situação de cura de um jovem, filho de família de classe média, que mesmo com o pai sendo médico, não havia encontrando cura para a paralisia do rapaz que estava sofrendo. Ouvindo um conselho de um amigo, resolveu levá-lo ao Rio de Janeiro em um Centro Espírita. Lá o mZélio, necessitava de muletas para sua locomoção , ao desenvolver os trabalhos o Caboclo Sete Encruzilhada manifestou-se, proclamando a umbanda, e disse que no outro dia ele estaria realizando a caridade, no outro dia foram em Niterói e ele estava em sua tenda realizando os trabalhos espirituais. As práticas importantes sagradas e de curas importantes, são originários dessas religiões, produzir para o Brasil bem cultural importante, como mostrou Justamente as religiões afro-brasileiras, que se deixaram misturar na cultura profana, fazendo parte hoje da alma brasileira. Pois bem, em que autores e obras nos baseávamos há três décadas e meia? O que havia sobre as religiões afro-brasileiras produzido por sociólogos e antropólogos.

Novamente sou obrigada a me reportar a minha infância onde eu de pés descalço dentro do terreiro de minha mãe na cidade de Pelotas, nas mobilizações da União de umbanda em que Moab e Mãe Quina de Yemanjá , juntamente com Dinora Feijó e Getulio Dias e tantos outros que realizavam dentro da cidade também em torno da praia do Laranjal na Gruta de Mãe Yemanjá. Me vejo aqui dentro desse parque natural nós repetindo, ou melhor realizando , dando continuidade a luta dos religiosos comprometidos com a religião e lutando por espaço. Falando em espaço esse é um espaço natural , onde todos os praticantes das religiões umbanda e matriz africana, digo somos os naturalista nato, ninguém valoriza tanto a natureza como nós os naturalista nato, então parabenizo aos organizadores desse evento pela escolha, por essa escolha estar possibilitando a todos nós estarmos falando de umbanda no dia de Oxóssi da Matas meu caboclo, assim como deve ser ele protetor de tantas autoridades religiosas que estão presente aqui no seu reino natural, devemos sim procurar o nosso semelhante e unirmos para podermos vencer com as dificuldades que estamos enfrentando, não devemos ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem devemos sim lutarmos como os nossos antepassados lutaram. Hoje pai Paulino de Odé, eu estava lendo Moab Caldas e ele usou uma frase que retrata bem o que estávamos realizando.Por isso, devemos elevarmos nossa auto estima, e mudarmos o rumo da história .Atualmente temos um acento no Codene Conselho de Participação da Comunidade Negra do Estado do Rio Grande do Sul, nessa gestão O Pai Oxalá determinou que devêssemos ficar coordenando a Comissão temática de Religiosidade, e temos a missão de puxarmos a discussão dos Centenário da Umbanda e também um evento da Religiosidade de Matriz Africana, por isso contamos com todos os Senhores nessa tarefa e tantas outra as quais os Orixás nos autorizarem oportunidade semelhante

Um bom Axé a todos e muito obrigado