sábado, 27 de novembro de 2010

2º Dia Programação INTECAB S.P, Ponto Alto conhecer a Obra do Mestre Didi

O dia 28 de novembro, na agenda de atividade do INTECAB , está incluida  a visita  ao Museu Afro Brasil.

No dia 28 de novembro de 2011 foi realizada a visita ao Museu Afro Brasil, pela delegações coodenadores e convidados do evento do INTECAB , São Paulo .
Durante a vista, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco da cultura africana e sua contribuição para a cultura brasileira, e também o acervo etnológico . Algumas peças do Museu são originárias da África e outras são réplicas fiéis. Seu acervo é composto de esculturas, máscaras, tecidos, cerâmicas, adornos, instrumentos musicais, jogos, livros , textos, orikis . Há também objetos afro brasileiros e a história das divindades.

IMG_0497Esta é a famosa  Avenida Brasil,  é uma importante avenida da cidade de São Paulo,  que vai da Avenida Rebouças,  na região da Pinheiros , até a Avenida Pedro lvares Cabral, em frente ao Parque do ibirapuera , cortando regiões valorizadas da cidade, como os bairros de Pinheiros, Jardim América , Jardim  Paulistano , IMG_0448IMG_0439Jardim Europa e Ibirapuera .As  cicerone  desta viagem, é Mãe Sonia  e Egbomi Conceição Reis de Ogum , Coordenadora INTECAB, que conduziram o grupo de religiosos  que estão visitanto o museu ás  galerias,  explicando com muita paciência os  fatos .

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Durante o percurso, os visitantes travavam um debate,   sobre a Lei 10 . 639 ,  Estatuto da Igualdade Racial, educação no campo dos direitos é garatir aspectos da religiosidade de matriz africana.

 100_0119Egbomi Conceição Reis , á respeitada figura do Candomblé, por seu trabalho de Coordenação do INTECAB , São Paulo , pela representação  no Conselho Nacional da Seppir, traz agora uma excelente iniciativa interligando  a programação do evento que busca valorizar a cultura afro-brasileira em suas variadas expressões,  religiosidade , cultura e artes.

100_0110100_0066Fomos guiados pelas cicerones, Mãe Sônia e Egbomi.

 

 

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100_0090O Museu Afro Brasil é um espaço que agrega o histórico, artístico e etnológico. Destinado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural do povo negro no Brasil. Esta localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Inaugurado em 2004, o Museu Afro Brasil é uma instituição pública, subordinada à Secretaria Municipal de Cultura e administrada por uma organização da sociedade civil. 100_0091

“Conserva um acervo de aproximadamente 4 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje. O acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africano e afro-brasileiro, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, adiáspora africana e a escravidão, e registrando a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira. “

 

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100_0074Na entrada do museu, os laços da África se aproximam, temos muitas percepções ao mesmo tempo, por horas é Africa, outras Benin, Bahia. Uma  coisa é certa, este espaço nos emociona por  reafirmar a presença arquetípica da África  que existe dentro de nós.

 

IMG_0484IMG_0250Quando nos aproximamos do museu estamos muito próximos dos laços entre a religião africana, quem entra , é obrigado a passar por fotografias de  Pierre Verger Werger, orikis e textos do Mestre Didi, a representação cultural de  todos essas referências e muito mais. Busca valorizar a cultura afro-brasileiira em suas variadas expressões.

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O PONTO ALVO FOI CONHECERMOS A EXPOSIÇÃO DO MESTRE DIDI – FUNDADOR DO INTECAB

Mestre DidiMuseu Afro Brasil, acolhe desde o dia 13 de maio, às 19h, a exposição Mestre Didi: o escultor do  sagrado. Onilé, a Dona da Terra, orixá que representa o mundo em que vivemos. Completando a mostra, dois vídeos exibirão festas e cerimônias onde os ancestrais Egunguns são cultuados, além de exposição de livros escritos pelo escultor. Mestre Didi é Deoscoredes Maximiliano dos Santos, escultor de obras reconhecidas no Brasil e no mundo. Já foram expostas em várias cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Nova Iorque, Frankfurt, Buenos Aires, Paris, Londres, Acra e Lagos, só para citar algumas. E agora, aos 92 anos, Mestre Didi se apresenta em uma grande mostra no Museu Afro Brasil, que mantém em seu acervo permanente algumas peças do artista.

Mestre Didi

Além de artista, Mestre Didi é uma referência no mundo da religião Afro-Brasileira. Filho de Maria Bibiana do Espírito Santo, a Dona Senhora, e afilhado de Dona Aninha, reinadoras do Templo do Axé Opó Afonjá, na Bahia.  Aos oito anos, foi iniciado no culto aos ancestrais Egunguns, no Ilê Olukotun, Tuntun, na Ilha de Itaparica. Em 1975, tornou-se Alapini, o Sacerdote Supremo do culto aos Egunguns  – o mais alto grau na hierarquia .

 

 

 

 

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A tarefa cansativa ficou com a Mãe Sônia , por  ser escolhida para ser a quardiã do cumprimento do  horário, acompanhava todos ,  cuidava agenda, para não atrasar a próxima atividade, sou testemunha  ocular , que não foi tarefa fácil, mas ela dominou, legal.

, 100_0101A visita ao Museu  Afro Brasil foi muito interessante, principalmente por ter dado ,  possibilidade de conhecer  o histórico,  e partes do museu que eu não conhecia. Além da beleza das obras, o cuidado  e  o grande destaque, um imenso prazer para todas nós conhecer um pouco da  obra do Mestre Didi  que é uma referência no mundo da religião Afro-Brasileira. O que levo de aprendizado é a preservação da nossa cultura. Ainda não damos a ela o devido valor. A oportunidade desta  visita ao museu deveriam ser mais incentivadas, pois eles têm grande participação na formação cultural do individuo. Não só aos que tem maior acesso mas, principalmente, verificar no externo a valorização, do que existe  dentro de nossa  memória viva , que é  a África Mitica. Agradeço a oportunidade,  a coordenação do INTECAB, São Paulo , faço uma observação para os  futuros organizadores de evento,  levem em consideração este exemplo , afinal as comunidades Tradicionais de Terreiros  no Brasil, não querem, só , comida,  esta faltando cultura, diversão e arte.

 

AO RETORNARMOS , PARA O CENTRO CULTURAL AFRICANO, ACONTECEU A PLENÁRIA  COM  APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DAS COORDENAÇÕES ESTADUAIS DO INTECAB

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Mãe Carmen de Oxala–Presente nos 70 anos Feitura de MÃE JUJU DE OXUM S.P

Depois do coquetel do INTECAB,  partimos para a segunda atividade da programação, render  homenagens aos 70 anos de feitura de Mãe JUJU D’OXUM, pela passagem dos 70 anos de Oxum. Os rituais religiosos do Candomblé iniciaram no dia 19 e se estenderam até dia 27 de novembro 2010, quando centenas de afro-religiosos, entre autoridades e filhos de santo, visitaram 100_0060o Ilê Maroketu Axé Oxum para ver a Iyalorixá  completar sete décadas de iniciação na religião dos Orixás.  Conheci,  a yalorixá Juju de Oxum,  em 1999,  no II Alaidê Xirê ,  ocasião que representei  minha Mãe Iyá Quina de Yemanjá, na cidade de Salvador.                                              

Voltar a ver Mãe Juju, neste momento, tão especial  é muito dignificante para mim,  observei que o tempo não modificou o seu sorriso com sensação de liberdade,  sua personalidade fortemente marcada  por  expressar  em suas atitudes  espirito de companheirismo, união e  preocupação com o bem estar do outro. Assim, percebi,  há 12 anos atrás ,  assim voltei a reecontrá-la.  Egbomi Conceição, uma parte da delegação  e os coordenadores estaduais do INTECAB,  estivemos lá para , celebramos  juntos, com alegria  esse momento. Ao mesmo tempo, pedir abença do orixá do amor e da beleza com fé .

 

 

Foi um cerimônia que ficou evidenciado  a força e a resistência da mulher como mantenedora e propulsora de uma comunidade religiosa e, principalmente, da Iyá Juju de Oxum como a Grande Anciã do candomblé de São Paulo. IMG_0386
 A Egbomi Conceição  Reis de Ogum, diz “Mãe Juju é da familia intecabiana, possui na capital paulista , assumiu em São Paulo a casa que seu pai biológico , Nezinho da Muritiba, que  havia construindo em Sapopemba”.

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Mãe Carmen de Oxalá em São Paulo, no Iº Encontro INTECAB

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Cheguei ás 12:00,a cidade de Brasilia e aguardo o embarque ás 17:10 para São Paulo.
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Este é o saguão do Aeroporto de  Congonhas.
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Fica localizado no centro.
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Estou aguardando a condução para ir direto para o evento que fica no Centro Cultural Africano, espaço que irá acontecer  o Iº Encontro Estadual do INTECAP –SP.
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Centro Cultural Africano, fica localizado, Rua Anhanguera, 551/553 - Barra Funda - São Paulo – SP Espaço que trabalha com a capacitação, a formação de multiplicadores e a qualificação das pessoas.
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 Observem o bom gosto que está decorada a sala que antecede o evento.100_0139

A variedade de frutas,que ornamentam as mesas.

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Ebomi Conceição Reis de Ogum, a anfitriã, além de acolher os convidados com muito carinho e axé, apresenta o INTECAB, para os presentes.
O QUE É O INTECAB :
É um Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro Brasileiro com 09 Coordenações Estaduais, desenvolveu-se pelo longo processo Nacional no decorrer de um grande movimento Internacional ,promovido através das Conferencia Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura – COMTOC.
No processo em 1.980 Sacerdotes Religiosos Africanos,Caribenhos e Brasileiros discutiam a possibilidade de intercâmbio a nível mundial das Tradições dos Orixás.
1.COMTOC – Organizado pelo Depto de Leitura e Língua Africana da Universidade de Ifé
2.COMTOC – Realizado no Brasil na Bahia em 1983 com presença dos mais expressivos Sacerdotes e Sacerdotisas e intelectuais do mundo
Ligados a tradição religiosa africana.
3.COMTOC – Sediado em Nova York em 1986 com representantes dos EUA, Caribe e África com numerosa e expressiva representação de brasileiros (as)
Criando assim o INTECAB após o 3. COMTOC durante o 1. Encontro Nacional da Tradição dos Orixás e Cultura realizados em Salvador no mês de agosto coordenado por Mãe Stella Azevedo e o Alapini Mestre Didi.
A proposta de criação do Instituto foi encaminhada para discussão e reflexão através de sugestões dos mais expressivos representantes dos diversos Estados brasileiros e suas expressões afro-brasileiras encaminhando assim para discussão e reflexão representantes dos Estados participantes.
Em outubro de 1987 decidiu-se a criação do Conselho Religioso com representantes de cada estado surgindo assim o Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira – INTECAB.
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1º Encontro Nacional da Tradição dos Orixá e Cultura, realizado em São Paulo , com inicio dia 27 de novembro de 2010, coordenado por Ebomi Conceição Reis de Ogum, reuniu a participação de Coordenações Estaduais, també convidados do Rio de  Janeiro,Paraíba, Minas Gerais, Brasília,  Rio Grandedo Sul, inúmeras autoridades religiosas de expressão do mundo dos diversos  paulistas.  ALém da cerimônia de abertura, também foi momento de apresentações.
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Além da cerimônia de abertura, também foi momento de apresentações. Momentos de divulgação do trabalho que cada Baba e Iyá realizam em   seus ilês, apresentações pessoais e os cânticos. Com a grande quantidade de pessoas  presentes impossibilitanos de registrar os nomes dos  presentes.

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São Paulo não  esta sendo diferente do outros estados e municipíos do Brasil, que conheço, visualizo neste espaço,  que esta carregado de diferentes  nações tradicionais africanas, que  constituem um espaço 
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Ebomi Conceição Reis de Ogum , coordenadora INTECAB - São Paulo prestou homenagem  a ilustre   Mãe Ana D’Ogun que é uma yalorixá reconhecida com uma das mais  velhas, que carrega em sua história de herança africana três qualidades , raiz, tempo,  e autoridade.
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Mãe Ana D’Ogun , matriarca que carrega uma trajetória de vida que a credencia como uma das mais dignas é  respeitadas lideranças religiosas da  cidade de São Paulo. Pai Linalvo Rio de Janeiro, Mãe Tuca da Paraíba.
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Existem acontecimentos na vida que nunca mais vamos esquecer,hoje contamos com os avanços da tecnologia, para partilhar com todos esses momento, estamos na foto eu Mãe Ana de Oxalá e Pai alexandre de Oxalá da Rede Afro-brasileira.
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o Brasil, ainda que fortemente constituído por tradições culturais africanas, construiu o seu sistema de representações sobre a presença de heranças negras na formação da chamada cultura nacional;  A religião de Matriz Africana, pausa para o coquetel.
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